sábado, 4 de junho de 2011


Antes, mas bem antes mesmo, eu era capaz de dizer que quem machucava mais era aquela pessoa que não se importava, mas fingia que sim. Porém, de uns meses para cá, eu cheguei à inevitável conclusão de que estava enganada. Quem se importa, e finge que não, consegue provocar uma dor bem mais profunda do que a primeira. Pelo menos em mim.

Um comentário:

Jean Valjean disse...

Sobrinha, dileta sobrinha, você me bota sempre em profundas e amargas reflexões, quando está down, like at this moment.
Quem não se importa e finge 'versus' quem se importa e finge que não.
Esta segunda espécie aqui eu estou sentindo um pouco de dificuldade de classificar. Há quem REALMENTE se importe, mas então finja que NÃO se importa?
Não é do 'importar-se' mesmo o 'procurar', o 'conversar', o 'perquirir'?
Omessa!
A primeira leva, a dos que fingem que se importam, é de fato irritante. Só que da segunda eu confesso a você que nunca havia ouvido falar. Estou tentando imaginar aqui uma pessoa com quem sempre me indisponho: minha mãe, a sua tia-avó. Eu me importo com ela e ela, comigo; contudo, quando estamos um preocupado com o outro, não conseguimos fingir - vamos um ao outro e perguntamos, queremos saber, etc, por mais que saibamos, um do outro, que vai haver uma envenenada aqui e outra ali.
Dá pra explicar melhor ou desenhar?
Tô sacãnu, não.