sorrindo-me, chorando-me, vivendo.
Enquanto rio-me, eis-me aqui morrendo;
enquanto choro, estou ficando louco.
Não ouço gritos. Tenho o ouvido mouco.
Não vou gritar. A glote está doendo.
Viver sem ver, ou ver sem estar vendo
é coisa de um insano, de um tarouco.
Espero, sim, mas só nunca esperar.
Ainda creio. Eu creio num não crer.
Estar ou não estar? Que há-de valer?
Enquanto rio, para não chorar,
não noto, mas já posso desconfiar:
deixo de ser e luto, até não-ser.
5 comentários:
Será que me vai acontecer o mesmo??? rsrsrsrsrssssssss
Fabuloso!!!!
Eu queria ver...e ler...
o Vautour...responder a isto...
mas em soneto!!!!!
Abração
Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Que raio de melancolia é essa? Não gosto. Não gosto mesmo. Xô! Empurra o urubú para o outro lado!
Não me faça recorrer à terapia de choque.
Beijo Bicho, nas bochechas-fix.
Ué, Afonso, vamos esperar o Vautour. Quem sabe ele passa por aqui e se inspira?
Abraço forte!
Sô, digo... Cô? Ah, desses momentos de melancolia inexplicável, que todos têm. Vai ver é o Vautour sobrevoando a minha cabeça, ó. Cara chato! Terapia de choque? O que seria isso?
Ué, eu ligar a web e começar a comer ovos moles! Hahahahahaha! Os verdadeiros, é claro.
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