quinta-feira, 28 de abril de 2011

Com o tempo, deixei de querer saber o significado das coisas porque, com este mesmo tempo, descobri que estas mesmas coisas vão perdendo o seu sentido – seja lá o que esta palavra quer dizer. E se vão perdendo o sentido é porque nada é definitivo, e se nada é definitivo para quê saber o que as coisas significam? Não compreendo esta nossa mania de definição, visto ser o Ser humano a criatura mais indefinida que alguma vez conheci.
Já que não nos conseguimos definir – não por falta de palavras, mas por excesso de grandeza -, tentamos preencher este enorme ponto de interrogação com as reticências implícitas nas definições das pequenas coisas, e o problema está justamente aí. Na compreensão do implícito.

O ser humano encontra-se subentendido naquilo que desconhece.
Quanto mais vago o autoconhecimento, mais subjectiva é a existência.

2 comentários:

Jean Valjean disse...

Sô, Cô, roooooooo! Seus raciocínios às vezes me assustam, mas para o bem. É que de repente aparecem uns abismões, e... óia, para quem estava com vácuo mental...
Urrraaaaa!

Jean Valjean disse...

Este blog sempre me causa espanto... veja só: comecei a ler lá em cima, e de repente dei de cara com esta postagem. Do jeito que a leitura me vinha, eu achei que o texto fosse meu e... ui!, é seu! Hahahahahaha!