Minha mãe queria que eu me chamasse Angélica, mas graças ao meu bendito pai – que se negou terminantemente a aceitá-lo – tal tragédia não aconteceu.
Ainda hoje eles contam como foi:
- Amor, o que você acha de Angélica?
- Você está ficando louca? – respondeu o meu pai Tholomyès, dando um murro na mesa de madeira.
- Não! Angélica…Angelical…Anjo, meu bem!
- De maneira alguma! Ela chamar-se-à Cosette Valjean da Costa Pinto Ribeiro Soares da Silva Conceição Cervantes Pessoa da Cunha Rubem Alves e ponto final!
- Se eu fosse você, eu tiraria o E Ponto Final…
- Mulher, Cosette é um nome forte! Filha minha não tem nome mongolóide não!
E assim foi.
3 comentários:
Nossa! Eu me lembro como se fosse hoje... tá?
Ué, lembra? Minha mãe disse que, àquela época, você era um arruaceiro no auge dos seus 23 anos...! Ora pois.
Lembro, of course! Arruaceiro? Eu podia até gostar de uma 'balada', mas sabia o que andava acontecendo na família.
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