Eu era um homem feliz,
amado pela sobrinha.
Mas agora ela é grandinha
e me esqueceu num país
onde o idoso é remelinha,
onde a jovem é rainha,
e a gente sofre, e não diz.
Eu costumava sorrir,
minha sobrinha também.
Hoje - que dó - sou refém
dum vulcão que vi ebulir
e agora está extinto,
como eu mesmo... e eu não minto.
Ela hoje é rica e famosa
eu sou pobre, abandonado.
Estou aqui, só, largado,
e ela lá, bem garbosa.
Tem status, é toda prosa,
e eu sou um velho encarquilhado.
Não faz mal, minha criança,
o importante é tu sorrires...
mas se um dia tu me vires
mendigando uma esperança,
estende a mão bonançosa,
porque o viço da rosa
pode fazer-me sorrir.
Quem sabe então a roseira
hoje triste e dodói-zeira
não volta então a florir?
2 comentários:
Gostei... rs
Bjks
Hahahahahahahahahahahahahaha!! Só rindo, viu?! Sou rica e famosa, tenho status e sou toda prosa? Uaaaauuuuuu! Desde quando?!
Ah, tio, só você...
Postar um comentário