sábado, 24 de abril de 2010

O primeiro filme erótico

Eu devia ter uns 18 anos? Talvez. Aí arrumei uma namoradinha legal, a coisa fluía bem, até que um dia começamos a transar. Eu era novato, embora não fosse 0 km. Ela estava em condições similares.
Estávamos aprendendo quase tudo, e eu, o geniozinho do casal, tive uma idéia brilhante:
- Que tal tirarmos um filme pornô na locadora, para vermos juntos?
Ela, animada:
- Ótimo!
E fomos lá, um tanto quanto envergonhados. O rapaz da locadora já me conhecia, embora não a ela. Entrei, ou melhor, entramos:
- Oi, boa tarde!
- Boa tarde, Valjean! Vai levar um clássico hoje de novo? Temos um Buñuel sensacional, você quer?
- Ah, hoje não, obrigado. Na verdade, gostaria de levar um filme para ver com ela.
Ele me olhou e sacou:
- Já sei! Algo mais romântico: "E o vento levou"? "Dr. Jivago"? Alguma comédia romântica norte-americana?
- Er... não.
A vergonha me consumia. O cara já estava com seus quase trinta, era mais experiente do que eu, e eu lhe disse, ainda que um pouco ruborizado:
- Você não tem algo assim ... digamos... mais forte?
- Mais forte? Você quer um pornográfico? "Fudeção" mesmo?
Bom, aquilo bastou para acabar com quaisquer paredes de acanhamento.
- É, pode ser.
E então ele nos conduziu à prateleira da pornografia. Eram filmes nacionais, japoneses, norte-americanos, alemães, poloneses, e com uma vantagem: tudo se entenderia. A linguagem universal dos gemidos, as caras de gozo forçadas, as posições de contorcionismo...
Escolhemos um filme norte-americano que ele mesmo indicou, com os agradáveis dizeres:
- Pode levar, Valjean, que aqui é 'pau na b... e na b... o tempo todo, tem felação, cunilíngue e tudo o que você possa imaginar'.
Ótimo. Paguei o valor da locação e fomos para casa, animados, pois seria só nossa por dois dias: meus pais viajaram, meus irmãos estavam na casa de uma tia.
Cheguei animadíssimo, liguei o videocassete e logo começou a coisa:
Um negão de 2,00 m, com uma jeba de dois palmos, grossa como a minha perna, entrou enristado num quarto onde uma mulher branca como a neve, que ele chamava de 'snow flake' por razões óbvias, já estava na cama, nua e de pernas abertas.
Para efeitos do filme, ela estava se iniciando no sexo; o estranho é que quando ficou de quatro a gente não sabia que buraco era maior - o de trás ou o da frente -, a ponto de o obelisco do crioulo, aquele pau enorme de jumento, nem fazer muito esforço para entrar lá. Às vezes a gente até pensava que era o badalo de um grande sino, mas vá lá.
Olha, sinceridade: quando vi aquele membro, revi meu conceito sobre membros. O meu sempre foi uma coisinha normal, nada além do desejável, e o do cara era um braço. Ele podia ir lá e penetrar a mulher (quase virgem, coitada) em qualquer posição, por horas a fio, e eu, pobre de mim, 15 minutinhos e... aaaaaaaarggggghhhh! Ui! Não guento mais, querida, eu vou ... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhh! Eu fui!
Tinha tudo para dar certo, mas o pau do negão entrou na minha alma. Eu não consegui fazer outra coisa, que não ficar embasbacado, aterrorizado e cheio de inveja daquele picalhão, daquela berinjela gigante, e querer me matar pela minha cenourinha da turma da Mônica.
A ereção dele era a ereção de um guindaste. Se a branquela quisesse fazer barra ou mesmo os giros olímpicos no troção do cara, ah, fazia, fácil. Ela pegava o foguetaço com as duas mãos (que não conseguiam se fechar!) e ainda sobrava a cabeça, ou melhor, a cabeçona inteira e mais um pedação do pescoço para fora. Se existisse camisinha para ele, seria camisola, macacão ou aquelas capas de chuva imensas, sabe? Se fosse camisinha comum, ele usava como boina, e ainda com o risco de estourar tudo. Na boca da 'virgem' branca de neve só cabia um pedaço do cerebrozão do vigoroso tronco de ébano. Pobre de mim, que quase tinha que fazer uma dobra na camisinha júnior que comprara na farmácia. Ai...
De tesão a depressão em 40 minutos de ereção (dele, é claro, pois da minha parte...).
Aí o filme passou, acabou, a mulèzinha gozou umas 87 vezes, os jatos de esperma do sujeito pareciam esguichos de lava-rápido, ou de mangueira para incêndios de grande proporção, afora que ele deu umas 10 sem tirar de dentro.
A parte boa foi que ao fim do filme ela olhou para mim e disse:
- Valjean, tamanho não é documento...
Original mesmo. Acho que meu infinitésimavô já ouvira aquilo de minha infinitésimavó.
Ela viu meus olhos murchos e tentou me ajudar:
- Pense que ele é negro.
Quase peguei uma cruz de prata que minha mãe pendurava na parede, para dar na cabeça da boçal, mas me contive. Eu não queria revelar com palavras, nem com gestos, que o 'extintor de incêndio do negão' me deixara absolutamente envergonhado da minha míni 'mont blanc', aquela que a palma da mão até esconde.
Aleguei dor de cabeça, enjôo de estômago, alguns males d'alma, e minha sensível namoradinha:
- Jeanzinho?
- Como assim Jeanzinho? Você sempre me chamou de Jean! A pata do negão impressionou você?
E ela, caridosa:
- Que nada! Ia me machucar!
Encerrei o assunto, para ela não dizer que eu lhe faria còsssquiiinhaaaa. Vaca.
Fui devolver o filme na locadora, SOZINHO, É CLARO, e o cara, sabido:
- E aí, Valjean, gostou?
- É, foi bom.
- Você viu o tamanho do caralho do crioulo?
- Ah, nem notei nada de especial. Não é normal?
- Que nada, Valjean, dá quatro do meu!
Naquele instante, respirei aliviado.
- Quatro?
E ele:
- Três ou quatro. O cara é um artista pornô muito bem pago, porque ninguém tem uma rola daquelas.
Juro: quase beijei o cara na boca.
Fui embora, meio saltitante, pensando: bom, o meu meio-pepino japonês dá pro gasto.
De qualquer forma, naquele fim-de-semana eu e minha namoradinha não trepamos, e o namoro acabou pouco tempo depois.
Um tempo mais tarde, engatei um outro namorico. E ela sugeriu:
- Vamos ver filme pornô?
Eu, para evitar desaires e desastres, achei melhor não:
- Que tal uma comédia romântica norte-americana, ou um bom Buñuel?
Como diz minha (não tão) santa mãezinha, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Ai ai... eheheh! Adorei a história, não por conta do seu choque com o pênis enorme do crioulo... ehehe... Mas pelo sua sinceridade em tudo...

Olha eu amo filme pornô! Assino um canal pornô, tenho filmes pornôs no PC. Sinceramente, os que mais me excitam são os que tem negros. Primeiro porque os negros me atraem mais que os branquelos e segundo por conta dessa caracteristica avantajada que a maioria deles tem... rs... O efeito visual no filme é tudo!

Eu acho assim. Homens se preocupam com o tamanho do pênis e acho que vale uma preocupação mesmo, só não pode ficar paranóico, porque pênis não cresce mesmo... rs... Mas essa coisa de mulher dizer que não se importa com tamanho de pênis é pura enganação... Nós não ligamos se ele não é enooooorme, mas queremos um tamanho que seja legal, normalmente os que estão na média já são legais, o problema é os que estão abaixo da média... rs

Uma vez saí com um cara que tinha um clitóris. Eu fiquei sem saber o que fazer, era muito broxante aquilo e no dia seguinte não quis mais...

O problema não é o pênis ser pequeno o problema é ela ser muito pequeno. Aí realmente incomoda!

Sabe! Vc é um cara daqueles que queria sentar um dia pra bater um papo. Deve ser uma pessoa interessante, cheia de histórias... rs


Beijocas

Cosette disse...

Não entendi, vocês colocaram o filme e você ficou vidrado no "vigoroso tronco de ébano" do negão?! Com a namorada ali ao lado? E eu pensando que você ia ficar vidrado nela...! Hahahahahaha!

Também -cá entre nós- foi sacanagem do cara da locadora, caramba. Estes negrões desmoralizam qualquer um!
Por isso que eu nunca namorei negrão, viu...se o cara me apresenta esta coisa que você tão bem descreveu, eu saio correndo!
Cruzes!

Adoooorei! xD
Beijo !

Celamar Maione disse...

Ahahahahahah !
Gostei muito.
Mas francamente, o cara da locadora deveria ser demitido....que homenzinho mais " sem noção"...
Beijão !

Jean Valjean disse...

Dama... olha, pelos seus padrões, que me apavoraram (uuuiiii!), o máximo que vai rolar é um papo de boteco, hahahahahahaha!

Sobrinha, você já sentiu assim um complexo de inferioridade tão grande, mas tão grande, que pôs você láááá embaixo? Pois é, se sentiu, acredite: o troço do negão era bem maior.

Celamar, tinha, né? Desgraçado. K-bô comigo.