Há dias em que me vejo como um ser cretino. Ignorante de tudo e que o pouco que sabe, desconfia. Há dias em que me vejo como um ser cretino que insiste que acreditar em si mesmo é a melhor saída. Noutros, considero-me mais cretina ainda, por não inspirar confiança. Desconfio da minha própria sombra. Na rua, paro para que ela passe na minha frente. Quando me sento, sento-me nela para que não fuja de mim. Quando me levanto, ergo-me depois dela. E assim, vamos indo. Sempre num gerúndio mais longo do que qualquer universo ou oceano fundidos.
7 comentários:
O gerúndio não é um presente sempre presente?
É...é um presente caminhante.
Esse Vautour é meio metido, não?
Ele está dando em cima de você?
Precisa me pedir a bênção.
Não me espanto, seja o seu texto de ficção, real ou o que for. A minha vida ficcioreal é exatamente assim!
É claro que está dando em cima. Voando em cima. Pairando em cima. Os abutres adoram uma carniça.
People, eu só sobrevôo, mais nada. Não quero me intrometer na família de vocês, apenas ler o que escrevem. É que a sobrinha escreve melhor que o tio, pelo que merece mais elogios.
Ah Vautour, eu gosto muito de ti, mas esta coisa de que: " a sobrinha escreve melhor que o tio", está me tirando do sério.
Eu concordo com o Vautour, pois sim. A sobrinha escreve mesmo melhor que o tio.
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