segunda-feira, 8 de março de 2010

Mundo Cruel

 O sol queima a terra.
Que queima o sol.
Que queima o solo,
As plantações
E a palma das tuas mãos.
A chuva inunda os olhos
Que caem na roupa
E vão ao chão
Como se fossem sementes de girassol.
A chuva inunda os olhos
Daqueles que olham para o céu.
O sol queima o pescoço
Dos cansados.
Dos que lavam a alma
Com a água que transpiras dos teus pés.
A lua ilumina a noite dos falhados.
Dos que caminham lado a lado
Com a solidão.
E as ventanias te sujam a cara
Com a mesma lama dos sapatos
Que te destruíram coração.

(There is no heaven above the clouds)

4 comentários:

Jean Valjean disse...

Este texto é... interessante. Preciso pensar nele de novo, pelo que voltarei amanhã. Quero essa lua aí, que V. menciona, para iluminar a minha noite.
Abreijos do tio

Furlan disse...

Valjean, que tal tentar aprender a escrever com a sobrinha?

Cosette disse...

Para quê? Regredir não faz bem a ninguém...

Anônimo disse...

Acho que era mais ao contrário, não? O Jean dar umas quantas aulinhas à sobrinha...