domingo, 28 de março de 2010

Para onde vou? (Ao Padre António Vieira) Autor: Jean Valjean

Ao fenecer das luzes desta vida,
Quando o singulto extremo eu exalar,
Não sei se a campa, assim que se fechar,
Será, do mundo, a eterna despedida.

A viagem rumo ao Nada há se esperar?
Ou será a morte apenas a partida
Para outro plano, onde ágil, desabrida,
A voz de Deus irá me interpelar?

“E quem te fez saber que estavas nu?”
“Que fizeste, Caim?, onde teu irmão?”
“Tua primogenitura, isso é verdade?”

Temo queira abraçar-me Belzebu,
E a morte, ela ser-me-ia a solução,
Pois temo, mesmo, só a imortalidade.

3 comentários:

Cosette disse...

Putaquepariiu! O homem escreve prá catano! Eu não sei mais o que, nem como comentar...Não há comentários.
A única certeza que eu tenho é que o fechar do túmulo não simbolizará, de forma alguma, o findar da tua existência.
E como é que eu tenho essa certeza?
Sei lá. É um feeling.

Furlan disse...

É, este está melhorzinho. Nâo merece, 'data venia', um putaquepariu, mas tá palatável.
Quanto ao fechamento do túmulo, espero que para mim também isso seja verdade.
Abraço a sobrinha e tio!

Jean Valjean disse...

Vautour, sou obrigado a concordar com você. Crítica límpida e transparente, só me resta agradecer-lhe.