quarta-feira, 10 de março de 2010

Vidamorte - Jean Valjean

E tu, que andas correndo pela vida,
e te achas imortal, igual a um deus?
Pensaste que haverá, sim, teu adeus,
e o mundo há-de seguir, à tua partida?

A ti, amigo, herdeiro dos sandeus,
a refletir o tempo te convida.
Cada chegada é nova despedida,
cada partida é dor pros sonhos teus.

Pensa que o tempo é a água nas tuas mãos,
que escorre pelos dedos, ora inermes
enquanto buscas estreitar seus vãos.

A água é águia; os dedos, paquidermes.
Pensas que vives? Teus ideais malsãos
estão virando janta para os vermes.

Vomitando letras em vão.

7 comentários:

Jean Valjean disse...

Jean, vamos ser sinceros: este sonetinho foi uma ejaculação precoce. Apaga isso aí!

Cosette disse...

Se isso foi uma ejaculação precoce, os que eu escrevo são o quê? A farsa de um orgasmo.

Só pode.

Cosette disse...

" A farsa de um orgasmo". Gostei, dá título de livro.

Cosette disse...

Sim, acho que não preciso dizer que o último terceto fechou a coisa com chave de ouro, ou "oiro" como dizem as velhas bigodeiras daqui.
Claro que é daqui.
Seria de onde?

Furlan disse...

Concordo com o Vautour. Este soneto não ficou bom. Fosse meu, eu apagaria. Nada obstante, os comentários de Cosette, a ideia sobre "A farsa de um orgasmo" e as velhas bigodeiras (eu vi, elas existem, mesmo... perto delas eu tenho só buço), é melhor deixar. Insisto: só em homenagem aos comentários, pois o post não merece crédito.

Cosette disse...

Le Vautour: bicho ruim que dói.

Furlan disse...

Concordo com o Valjean... ô, distração, sô!