sexta-feira, 16 de julho de 2010

Por amor.



Das terras mais profundas,
Içarei o teu defunto e o lavarei
Com as águas cálidas do meu
Coração.

Das terras mais profundas,
Te roubarei as larvas
Para tornar as suas carnes,
Em bichos de estimação.

Deitar-me-ei, enfim, em teu lugar,
Deixando os teus ossos postos
Em sossego.

E de olhos fechados abrirei
Uma cova ainda mais funda
Para deitar-te bem no fundo 
Do meu peito.

3 comentários:

"Seo" Renato disse...

Que lindo e que dor!
Cadê a Sarah, para ler isto?
Acho que ela a invejaria.

Anônimo disse...

Devo confessar que está bonito sim. Muito bem, Cô! Tá aprendendo com o tio.

Beijos!

Jean Valjean disse...

O quê? A Cô, aprendendo cô-migo? Nada! Nasceu sabendo. A genialidade é genética. Herdou do pai, e eu nada tenho a ver com isto.
Cô, dona moça, você pensa doído, pensa sentido, pensa pensado, pensa bonito, pensa...
Abreijinhos do tio.